Morreu, aos 50 anos, a Paula Escarameia.
Conheci-a pessoalmente quando fui Subsecretário de Estado no MNE e pedi os seus sábios conselhos sobre as linhas gerais da política externa de Direitos Humanos e Democratização que estava a desenhar. Depois disso fomos mantendo contacto na Universidade Católica.
Anos mais tarde, combinámos, com a Raquel Vaz Pinto, apresentar um painel sobre Timor, assunto que ela dominava e que sobre o qual eu tenho algumas ideias incipientes, no Congresso da Associação Portuguesa de Ciência Política mas eu, por razões várias, não pude comparecer. A Paula compreendeu perfeitamente e apresentou, diz-me quem lá esteve, um paper interessantíssimo, o que só surpreendeu quem não a conhecia. Não voltámos a trabalhar juntos. Vou ter saudades da sua inteligência aguda e da sua personalidade modesta.
Portugal perdeu uma das vozes mais sólidas nos assuntos dos Direitos Humanos que tinha.
À Professora Paula devo muito e o meu Pais deve muitíssimo.
ReplyDeleteÀ Professora Paula devo um modelo de excelencia único, raro e brilhante.
Penso sinceramente que Comunidade Internacional deveria perpetuar o seu nome, como uma incansável vontade de encontrar o caminho de uma justiça por todos reconhecida.
Da Professora recebi a mais importante das lições...
Obrigado!
Francisco Florença/Italia