Thursday 16 May 2013

Coisas que me escapam




Há muitas coisas no mundo que eu nunca perceberei, entre as quais estão os mecanismos de formação das tarifas aéreas.

Semana que vem terei que ir a São Paulo e a Londres, pelo que andei à procura da melhor solução preço/ligações para um percurso que liga Lisboa-São Paulo-Londres-Lisboa e descobri - por indicações de uma amigo brasileiro - que a Ibéria está a fazer preços baratos de Madrid para SP.

Assim, e comparando preços e opções com a TAP, irei pagar menos de metade do preço e utilizarei voos mais directos pelo simples facto de passar 1 hora no aeroporto de Madrid. Mesmo tendo em consideração que a Ibéria e a British Airways constituem agora um grupo, a lógica comercial da aviação assim chamada, escapa-me totalmente.

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Friday 3 May 2013

Pedalar é europeu




A edição brasileira da revista Exame publica uma lista com as 20 melhores cidades do mundo para se andar de bicicleta. Os critérios, para além da geografia - quanto mais plana for a cidade, melhor - consideram também as políticas municipais de promoção do uso das bicicletas - ciclovias, aluguer de bicicletas, etc. - e os hábitos dos cidadãos.

Das 20 cidades selecionadas, 16 são europeias, 2 japonesas, 1 canadiana e uma única representante do hemisfério sul e da língua portuguesa: o Rio de Janeiro.

De entre as cidades europeias, encontramos 2 na Espanha (Madrid e Sevilha), 2 na Alemanha (Berlim e Munique) e as restantes nos países nórdicos, pelo que o clima parece não ser um critério definitivo para o uso das bicicletas.

Curiosamente, e sem prejuízo para uma política municipal intensa de promoção do uso das bicicletas, Londres não aparece na lista.

No uso da bicicleta, a Europa dá cartas!

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Thursday 2 May 2013

A NATO vista (ainda mais) por dentro




Na sequência da minha bem passada manhã (ver post abaixo), lembrei-me da única vez que participei numa reunião da Aliança, quando fui Subsecretário de Estado Adjunto do Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Diga-se que normalmente não seria o Sub-SEAMNE a representar Portugal numa reunião da NATO, mas como estávamos numa fase complicada na vida dos aliados, já que ainda se fazia sentir o mal-estar da guerra do Iraque, os Estados Unidos passaram a utilizar a NATO como plataforma de contacto com os países europeus para tratar dos mais variados assuntos. Neste caso, tratou-se de uma reunião pedida pelo Secretário de Estado americano do Comércio.

Assim, lá me sentei na mesa do Conselho da Aliança - na imagem - e ouvi longas exposições de alguns dos países membros sobre questões de comércio, desenvolvimento e defesa, tendo vincado, na minha curta intervenção, a importância da ligação entre os centros de pesquisa científica militares e civis.

Depois de todos falarmos, ouviu-se a voz do representante da França que disse que a NATO é uma aliança militar, pelo que os assuntos de comércio - mesmo vestidos de camuflado - não tinham lugar naquela mesa e que, portanto, tinham perdido uma manhã para nada pois Paris não iria permitir que nada do que tínhamos discutido tivesse qualquer consequência.

E assim se passou a minha única participação nas atividades da NATO.

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Nato vista por dentro




Esta manhã, a convite do IPRI - Instituto Português de Relações Internacionais, participei numa mesa redonda na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, onde pude ouvir a Secretária-Geral Adjunta da Nato, Embaixadora Kolinda Grabar falar sobre os desafios que a Aliança Atlântica enfrenta.

Tratando-se de uma reunião mais ou menos restrita, a SGA falou com grande à-vontade sobre os grandes temas que preocupam a NATO, como o Afeganistão, a Síria ou o futuro papel da Aliança e a partilha de esforços e custos entre os seus membros.

Para além das matérias de defesa ou de segurança, gostei particularmente de ouvir a preocupação da Aliança com a legitimidade do seu papel fora da zona do Atlântico Norte e a necessidade de fortalecer as instituições políticas de países onde a NATO atua, baseada numa política de cooperação com outras Organizações Internacionais, como a ONU e a União Europeia.

Uma excelente forma de se passar uma manhã.

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Sunday 14 April 2013

No país das maravilhas




Que visse o telejornal de hoje poderia achar que vivemos num país sem problemas nem dificuldades, onde tudo corre bem. Só assim se explica o tempo e a atenção que se dedicou à ausência do Ministro dos Negócios Estrangeiros na tomada de posse dos novos membros do Governo.

Parece-me que há em Portugal sentido do ridículo a mais e Sentido de Estado a menos.

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De Lisboa para o Mundo




Na Fundação Gulbenkian podemos visitar uma exposição sobre o impacto dos descobrimentos dos Séc. XV e XVI no conhecimento humano.

Por força da necessidade dos marinheiros que começaram a navegar no mar aberto, o saber teve que sair das Universidades e dos Conventos e teve que ser simplificado para ser compreendido por pessoas sem formação técnica e adaptar-se às condições a bordo.

Da leitura das estrelas e a sua relação com a posição relativa das caravelas e das naus nos oceanos, permitindo ir-se mais longe, surge uma nova visão do mundo e uma cartografia mais precisa e mais abrangente.

E, finalmente, os novos mundos que portugueses e espanhóis deram ao mundo eram, de facto, novos. Novos animais, novas plantas e novas pessoas.

As descobertas obrigaram o conhecimento a libertar-se da Idade Média, a avançar e a democratizar-se e abriram as portas aos Séc. XVII, XVII e XIX quando a ciência autonomizou-se definitivamente da religião. Ou, como dizia Garcia da Horta, "o que não sabemos hoje, saberemos amanhã".

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Friday 12 April 2013

Pensar Portugal na balança da Europa e do Mundo





No âmbito dos Roteiros do Futuro organizados pela Presidência da República, passei hoje o dia a ouvir peritos, sábios e "práticos" de Portugal no mundo a discutirem com profundidade e interesse o papel do nosso país no Atlântico Norte, no Atlântico Sul, no Oriente, no Mediterrâneo e Médio Oriente e, finalmente, na Europa.

Em painéis compostos por portugueses e por estrangeiros de renome e com coisas para dizer, olhou-se para o passado e tiraram-se ilações para o presente e para o futuro.

Pessoalmente, entretido com a True Bridge, tenho dedicado pouco - ou nenhum tempo - aos assuntos que me ocuparam durante os anos que passei nas Universidades, o que tenho pena e de que sinto falta.

Pena tenho também por ver o magnífico auditório da Fundação Champalimaud - com uma janela enorme virada para o Tejo - muito vazia. Queixamo-nos coletivamente que não discutimos assuntos sérios de forma séria mas quando o fazemos, não aparecemos.


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Racistas são os outros




Enquanto espero pela minha vez para ser atendido na Loja do Cidadão dos Restauradores, onde estou a tentar obter uma declaração da Segurança Social (ver post abaixo) entretenho-me a trabalhar e a ver o que se passa à minha volta.

Nesse segundo passatempo, vejo utentes e funcionários cheios de paciência, uns à espera e outros a trabalharem. Claro está que as pessoas com situações pessoais mais duras - e com 18% de desemprego há muitas histórias difíceis - estão mais frágeis e menos pacientes para as dificuldades que a administração pública lhe coloca.

Numa dessas historias, contada em alta voz pela pessoa em causa à funcionária que a atendia - e a todos nós - acabou com acusações de racismo dirigidas a todas as pessoas que esta manhã atendem nos serviços de segurança social.

Imediatamente o tema foi comentado pela pessoa sentada ao meu lado que primeiro explicou não ser racista para logo depois - numa clamorosa mas não percebida auto-derrota - partilhar comigo e com a senhora sentada do outro lado, que os ciganos - todos os ciganos - são terríveis.

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e-Governo do Cidadão e das Empresas




Tendo a True Bridge Consultancy ganho um concurso para fornecimento de serviços ao abrigo do Código dos Concursos Públicos, é necessário fornecer um conjunto de documentos que provem que nem eu nem a empresa temos dívidas ao fisco e à segurança social e que nenhum de nós cometeu qualquer crime.

Tratado-se dos mesmos documentos, vivi duas realidades distintas: a de cidadão e a de empresário. No primeiro caso, sentado no escritório e com o Cartão de Cidadão ligado ao computador, solicitei e recebi imediatamente via email, as declarações do fisco e da segurança social. E o registo criminal foi-me entregue no mesmo momento no Centro de Registos do Ministério da Justiça.

No caso da True Bridge, a história tem sido bastante diferente já que os certificados demoram dias a serem emitidos.

Tratando-se do mesmo objecto e do mesmo fim, não percebo porque é que o sistema não é igual para pessoas singulares e pessoas coletivas.



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Tuesday 9 April 2013

Tempos difíceis




Olho para o País e para a Europa, atento aos números e os gráficos, vejo as pessoas nas ruas, oiço os discursos e leio as entrevistas de quem tem responsabilidades publicas ou privadas, de quem está na situação e na oposição, de quem se senta à direita e à esquerda e desanimo.

Os tempos não estão para mais do mesmo, para pequena política, para alheamentos, para teimosias, para confrontos escusados, para sublinhar diferenças, para passar culpas, para apontar o dedo acusador ou para lavar as mãos.

Os tempos que correm exigem seriedade, colaboração, coragem, sentido de Estado e outras qualidades que têm faltado no discurso e na prática.

Nestes tempos difíceis não há uns e os outros. Nestes tempos difíceis temos que ser todos.

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Monday 8 April 2013

Margaret Thatcher




Morreu hoje a Baronesa Margaret Thatcher, a primeira e única mulher a ocupar o lugar de Primeiro-Ministro do Reino Unido - embora a própria não considerasse isso como digno de nota -.

Como todas as figuras relevantes, a Senhora Thatcher não deixa ninguém indiferente e há tantos que suspiram por um(a) novo(a) líder de fortes convicções que coloque o Reino Unido no centro do mundo, como os que sublinham a sua quase indiferença com os mais pobres na sociedade.

Mas por todos os certos e errados de mais de 11 anos de Governo, a parceria com Reagan no combate à União Soviética, a Guerra das Falkland, o isolacionismo na Europa - que hoje, comparado com a forma como os Tories evoluíram, parece leve e mesmo pró-europeu - e o feroz individualismo serão sempre lembrados como parte da herança de Margaret Thatcher.

Essa herança tornou-se central em todos os governos que se seguiram, incluindo no Governo Blair que soube aproveitar o melhor que o Thatcherimos deixou, temperado por preocupações sociais.

Goste-se ou não de Margaret Thatcher, a verdade é que o Reino Unido de hoje, com todas as suas qualidades e os seus defeitos, deve-lhe muito. Assim como lhe deve a Europa e o Mundo.

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Entretenimento amoral






House of Cards conta a história de um político ambicioso e sem escrúpulos que tudo fará para atingir os seus objectivos, inclusivamente matar os seus aliados mais próximos.

A primeira versão de House of Cards foi feita para a BBC nos anos 90 e acompanha a ascensão e queda de Francis Urquhart desde Presidente do Grupo Parlamentar Conservador até um dos mais poderosos Primeiros Ministros ingleses cuja ambição final é ultrapassar o legado de Thatcher. A versão de 2013, que podemos ver no canal TVSeries, segue a progressão de Francis Underwood, Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Democrata americano.

Embora a versão americana seja visualmente mais bonita, Underwood é um aprendiz de feiticeiro quando comparado com a fria, inteligente e imparável ambição de Urquhart. Sem prejuízo, ambas as versões são divertidos estudos de ambição, amoralidade e maquinação política.

No meio de milhares de horas de porcaria inenarrável que a televisão nos serve diariamente, há alguns programas que merecem ser vistos ou, como diria Francis Urquhart quando queria confirmar alguma coisa sem o fazer: you may very well think that, I could not possible comment.

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Sunday 7 April 2013

Papa Francisco




Um mês é pouco tempo para formar uma opinião mas, até agora, o Papa Francisco tem sido um excelente pastor.

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O que importa está cá dentro




Semana passada fui e voltei de comboio ao Porto para uma reunião. No regresso, cansado da madrugada, entretive-me a ouvir o debate da Moção de Censura apresentada pelo Partido Socialista ao Governo.

Sem prejuízo para a seriedade do momento social, político, económico e financeiro que Portugal atravessa, as únicas intervenções que realmente entusiasmaram os nossos deputados foram os ataques político-partidários e a qualidade (ou falta dela) dos insultos que todos trocaram com todos ao longo da tarde.

Para os nossos representantes o mundo parece estar limitado ao pequeno mundo do Parlamento e dos Partidos Políticos. Depois espantam-se com a opinião que os eleitores têm de quem faz as leis que nos regem.

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Rui Moreira




Claramente por culpa minha nunca tinha lido ou ouvido Rui Moreira com atenção. Hoje ouvi-o numa entrevista onde se falou de muitos e variados assuntos. É agradável ouvir alguém sensato quando, infelizmente, cada vez há menos...

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Monday 1 April 2013

Azuis





Não sou grande fã de Futebol, tendo, em toda a minha vida, assistido a 3 jogos ao vivo. Nada disso impede a satisfação de ver o Beleneses de volta à primeira liga com tempo e pontos para dispensar a quem fizer falta.

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Sunday 31 March 2013

O verde Alentejo




Há quase 20 anos que passo a Páscoa em Montemor-o-Novo, terra da minha Sogra e embora já tenha visto muitos períodos de chuva nestas duas décadas, não me lembro de uma primavera tão molhada como a que vivemos este ano, como também não me lembro de ver um Alentejo tão verde e tão vistoso.


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Saturday 30 March 2013

O seu a seu dono




Correndo o risco de dizer o óbvio, a responsabilidade do Tribunal Constitucional é fazer respeitar a Constituição...

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Friday 29 March 2013

Papoilas alentejanas






Estava eu ainda na AICEP em Londres quando recebi o representante de uma empresa britânica que estava interessada em explorar a possibilidade de cultivar papoilas no Alentejo para a extração de morfina para uso farmacêutico.

As peripécias deste investimento foram muitas, desde a desconfiança inicial da nossa administração pública, passando pela necessidade de confirmarmos que as plantas cresceriam em quantidade e qualidade suficientes no Alentejo até a um desastre de carro algures na Península de Setúbal que quase matou o representante da farmacêutica em questão.

Passados três anos, leio nos jornais que os testes correram bem e que o Infarmed autorizou o cultivo das papoilas. Tardou mas chegou.

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Monday 25 March 2013

Páginas Amarelas





Entre os variadíssimos estilos literários disponíveis, as auto-biografias, memórias e diários são os meus preferidos, seguido de perto pelas biografias escritas por terceiros, o que se torna óbvio para quem se der ao trabalho de olhar para as estantes lá de casa.

Tendo lido largas dezenas, se não poucas centenas de livros biográficos, nunca tinha tido a experiência de ler um livro de memórias de alguém faz parte da minha família (pouco) alargada. Estou a tê-la agora que estou a ler as "páginas amarelas" do meu Tio Mário (Quartin Graça), casado com uma irmã da minha mãe e um dos mais antigos amigos do meu pai.

Para além da graça de ter acompanhado (ou ter ouvido na primeira pessoa) algumas das muitas historias que estou a ler, há ainda a virtude de o Tio Mário ter tido uma vida variada e divertida, ter conhecido e convivido com algumas das mais importantes referências culturais portuguesas, brasileiras e espanholas e - o que não é menos importante - escrever muito bem.

Ler umas memórias que fazem parte das minhas memórias é um dois-em-um que torna a experiência muito mais divertida e interessante.

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Sunday 24 March 2013

Teste de fé




Hoje, Domingo de Ramos na liturgia cristã, fui à missa onde fui "brindado" por um coro que o que oferecia em empenho, faltava-lhe em qualidade.

Ouvindo-os pela 3ª ou 4ª vez, lembrei-me do Prof. Henry Higgins em My Fair Lady, a famosa versão cinematográfica da peça de George Bernard Shaw, que dizia exasperado a uma teimosa Eliza Doolittle que se recusava a aprender a falar decentemente: irás muito mais longe com o Criador se aprenderes a não Lhe ofenderes os ouvidos!

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Thursday 21 March 2013

O Consultor





Hoje passarei o dia no Ministério das Finanças a participar num seminário sobre oportunidades para consultoras juntos das chamadas IFI - Internacional Financial Institutions, nomeadamente o Banco Mundial, o BERD, o BID e o BAfD.

Enquanto espero pelo início da sessão, entretenho-me a observar os restantes participantes. Quem somos nós, os consultores?

Se a amostra for válida, o consultor é homem, entre os 40 e os 60, veste fato e gravata e usa ainda papel e caneta. Há também algumas mulheres, mas a grande maioria encaixa-se no grupo descrito antes.

Tirando o facto de eu usar um iPad (no qual escrevo este blog), andar sempre de mota - que a falta de capacetes na sala demonstra ser raro - e cada vez usar menos vezes fato e gravata (embora hoje tenha vestido a farda), sou um digno representante do maravilhoso mundo dos consultores.

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Tuesday 19 March 2013

Gente inteligente




Passei hoje a hora do almoço na SEDES a ouvir pessoas inteligentes a falarem sobre a União Europeia, Portugal e a(s) crise(s).

Fugindo aos lugares comuns que ouvimos constantemente nestas ocasiões, discutiu-se com contraditório e vivacidade que União Europeia sairá desta crise, que equilíbrios se criarão entre os Estados membros, que papéis e que legitimidade terão as instituições da União, qual será a estratégia e o papel de Portugal neste processo e como tudo isto impacta e impactará no nosso país.

Como é bom ouvir falar gente que sabe e que pensa!

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Sunday 17 March 2013

O tempo que se demora




Há quase dois anos fui convidado para participar numa conferencia organizada pela Bloomberg em São Paulo onde expus a visão dos investidores estrangeiros sobre as oportunidades no Brasil. No almoço que reuniu os oradores vindos de todo o mundo e jornalistas, muitos me perguntaram quando é que Portugal iria pedir a reestruturação da dívida. Lembrei-me recentemente destas conversas...


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Tuesday 12 February 2013

Order! Order!





Tirado do blog de um amigo:

Mr Speaker: Order. I apologise for interrupting. Members must calm themselves. Mr Byles, I thought you were normally a model of restraint and civility. Good heavens man! I do not know what has come over you. Calm yourself – take a pill if necessary, but keep calm. Take up yoga!

Câmara dos Comuns, 5 de Dezembro de 2012

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Bento XVI




O Papa Bento XVI anunciou ontem ao Mundo que deixará o Trono de S. Pedro no final deste mês, sendo o primeiro Papa a fazê-lo em mais de 600 anos. Imagino que tenha sido uma decisão difícil, como difíceis foram estes 8 anos de pontificado sempre a braços com problemas graves e sérios na Igreja e no Mundo.

Pessoalmente, lembro-me da visita que o Papa fez ao Reino Unido em 2010, altura em que eu lá vivia. Depois de semanas a ouvirmos toda a sorte de críticas e anúncios de manifestações organizadas por vários grupos com razões de queixa contra a Igreja ou mesmo sem muitas razões para se queixarem, Bento XVI desarmou toda a oposição com uma humildade alicerçada numa inteligência superior e num conhecimento profundo da Igreja e do Mundo. De tal modo foi a visita um sucesso que o Presidente da Associação Britânica dos Agnósticos não encontrou melhor explicação para as multidões que se deslocaram para ver e ouvir o Papa do que dizer que eram todos "estrangeiros".

Nunca fui um grande entusiasta de Bento XVI e teria ficado mais satisfeito se a Igreja tivesse sido chefiada por um modernizador como o anterior Cardeal de Milão, D. Carlo Maria Martini, mas reconheço que Bento XVI deu passos importantes na abertura da Igreja Católica ao Mundo.

Esperemos para ver quem o sucederá à frente da maior religião organizada do Mundo. Seja quem for, terá umas grandes sandálias para calçar.

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