Na sequência da minha bem passada manhã (ver post abaixo), lembrei-me da única vez que participei numa reunião da Aliança, quando fui Subsecretário de Estado Adjunto do Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Diga-se que normalmente não seria o Sub-SEAMNE a representar Portugal numa reunião da NATO, mas como estávamos numa fase complicada na vida dos aliados, já que ainda se fazia sentir o mal-estar da guerra do Iraque, os Estados Unidos passaram a utilizar a NATO como plataforma de contacto com os países europeus para tratar dos mais variados assuntos. Neste caso, tratou-se de uma reunião pedida pelo Secretário de Estado americano do Comércio.
Assim, lá me sentei na mesa do Conselho da Aliança - na imagem - e ouvi longas exposições de alguns dos países membros sobre questões de comércio, desenvolvimento e defesa, tendo vincado, na minha curta intervenção, a importância da ligação entre os centros de pesquisa científica militares e civis.
Depois de todos falarmos, ouviu-se a voz do representante da França que disse que a NATO é uma aliança militar, pelo que os assuntos de comércio - mesmo vestidos de camuflado - não tinham lugar naquela mesa e que, portanto, tinham perdido uma manhã para nada pois Paris não iria permitir que nada do que tínhamos discutido tivesse qualquer consequência.
E assim se passou a minha única participação nas atividades da NATO.
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