Friday 29 January 2010

European English

O sonho dos euroentusiatas? Antes dos eurocépticos!

The European Commission has just announced an agreement whereby English will be the official language of the European Union rather than German, which was the other possibility.

As part of the negotiations, the British Government conceded that English spelling had some room for improvement and has accepted a 5-year phase-in plan that would become known as "Euro-English".

In the first year, "s" will replace the soft "c". Sertainly, this will make the sivil servants jump with joy. The hard "c" will be dropped in favour of "k". This should klear up konfusion, and keyboards kan have one less letter. There will be growing publik enthusiasm in the sekond year when the troublesome "ph" will be replaced with "f". This will make words like fotograf 20% shorter.

In the 3rd year, publik akseptanse of the new spelling kan be expekted to reach the stage where! more komplikated changes are possible.

Governments will enkourage the removal of double letters which have always ben a deterent to akurate speling.

Also, al wil agre that the horibl mes of the silent "e" in the languag is disgrasful and it should go away.

By the 4th yer people wil be reseptiv to steps such as replasing "th" with "z" and "w" with "v".

During ze fifz yer, ze unesesary "o" kan be dropd from vords kontaining "ou" and after ziz fifz yer, ve vil hav a reil sensibl riten styl.

Zer vil be no mor trubl or difikultis and evrivun vil find it ezi tu understand ech oza. Ze drem of a united urop vil finali kum tru.

Und efter ze fifz yer, ve vil al be speking German like zey vunted in ze forst plas.

Thursday 28 January 2010

Paula Rego

Ontem e hoje o Ministro dos Negócios Estrangeiros esteve em Londres para participar na reunião internacional sobre o Afeganistão tendo o nosso Embaixador oferecido um jantar em sua honra na Residência. Para além do convidado de honra e do anfritião, estavam presentes a delegação que acompanhou o Ministro, as pessoas que trabalham na Embaixada e, vinda de fora "da casa", a Pintora Paula Rego e um senhor inglês que a acompanhava.

Como os quadros da Paula Rego retratam um universo que me causa alguma angústia, esperava que a sua autora fosse uma mulher com traumas visíveis ou distante e perdida num mundo escuro. Para minha surpresa, a Paula Rego, provavelmente a mais bem sucedida artista plástica portuguesa da actualidade, é uma mulher simples, simpática e agradável, com uma conversa bem disposta e risonha.

No fim da noite fiquei a pensar onde será que a Paula Rego guarda ou encontra a inspiração para pintar os quadros que me impressionam e assustam.

Wednesday 27 January 2010

Dos bons exemplos

Uma das coisas mais interessantes que tenho tido o prazer de verificar desde que assumi as funções de Director do Centro de Negócios de Londres da AICEP é o conjunto significativo de boas empresas e bons empresários que Portugal tem, sem prejuízo para o outro conjunto - talvez mais numeroso mas em vias de extinção - de más empresas e maus empresários.

Empresas, muitas delas de dimensão reduzida, com soluções novas e diferentes em sectores tecnológicamente avançadíssimos que, sem alarido ou confusão, vão ganhando novos clientes em mercados altamente competitivos e exigentes. Ou empresas que se destacam pela qualidade, o design e a inovação em sectores tradicionais.

Vem isto a propósito da visita que hoje fiz à Feira dos Interiores de Birmingham, onde fui falar para uma plateia pequena mas simpática e atenta, das virtudes dos sectores da iluminação e dos móveis portugueses. Entre os expositores, num pavilhão de boas dimensões e bom gosto, estava a Associative Design, que resulta da conjugação de esforços da Associação das Indústrias de Madeira e do Mobiliário de Portugal e da Portugal Brands, organização que reúne um conjunto importante de jovens designers portugueses do sector dos móveis que, trabalhando juntos para o proveito comum, têm conseguido fazer bons negócios nos mercados mais difícies e, por isso, mais recompensadores.

Se fosse apenas isso, e já muito haveria para contar. Mas o que faz desta colaboração um caso ainda mais interessante é que nasceu, cresceu e afirmou-se na sociedade civil, pela vontade e pelo trabalho dos seus promotores, recorrendo aos apoios públicos apenas como complemento e não como principal fonte de financiamento ou de inspiração.

Um bom dia para falar das empresas portuguesas.

Sunday 24 January 2010

Os trabalhos da Margarida

A Margarida acabou hoje os seus primeiros trabalhos para o Mestrado de História da Europa que está a fazer na Universidade de Londres.

O sossego e a boa disposição reinam de novo na família Cruz!

Salvar Árvores (e poupar umas Libras)? Eu salvo (e poupo) as minhas mas tu mata (e gastas) as tuas, sff

O meu banco andou semanas a maçar-me para que eu deixasse de receber os extractos pelo correio e passasse a recebe-los na minha página de e-banking: que é mais prático (não tem que arquivar páginas e páginas de informação) , mais ecológico (não se matam árvores e poupa-se nas impressões e correios) e mais seguro (não andam dados bancários impressos em papel por todo o lado).

Depois de ter passado um fim de semana a tentar pôr ordem às milhares de páginas de extractos antigos, rendi-me à evidência e passei a receber a informação pelo e-banking.

Qual não é o meu espanto quando vou confirmar as transacções deste mês e vejo o seguinte aviso no fim da página: "para sua segurança aconselhamos a imprimir e guardar este extracto"?

Porque me irrita querem fazer-me de parvo, amanhã voltarei a receber o extracto em papel!

Saturday 23 January 2010

Uma questão de perspectiva

Faz amanhã uma semana que fui finalmente buscar a minha Kawasaki nova ao stand. É enorme, muito confortável e faz um barulho muito respeitável mas civilizado.

Como as motas novas precisam de andar 100 milhas (160 km) até os pneus perderem uma espécie de capa ou película que lhe retira aderência, só tenho andado na mota nova nos (poucos) dias secos, optando por usar a Honda antiga nos dias de chuva.

Se até à semana passada eu achava a mota antiga (que irá para a Margarida) muito substancial, bastou-me andar umas 3 ou 4 vezes na mota nova para mudar radicalmente de opinião.

De facto, tirando as ciências exactas e, em particular, a matemática, quase tudo na vida se resume a perspectivas ou opiniões.

Tuesday 19 January 2010

Neo-Cons versão Holywood

Ontem deu um filme péssimo de ficção científica na televisão chamado "O Dia em que a Terra Parou" no qual o Kenau Reves faz de extra-terrestre que vem à terra avisar a Raça Humana que ou muda de hábitos e protege o planeta ou será aniquilada pelos ETs ecolos.

Como pretende dirigir a sua mesagem aos líderes mundiais reunidos na UNO, o ET mal disposto desembarca em NY onde é rapidamente preso pelos militares americanos. Ao ser interrogado pela Secretária da Defesa, o nosso herói pergunta se ela fala pelo Mundo ao que ela responde que fala pelo Presidente dos Estados Unidos, como se da mesma coisa se tratasse...

O Senhor Cheney não faria melhor!

Perdido na Câmara dos Lords

Ontem houve uma recepção ao Presidente do nosso Parlamento na Câmara dos Lordes para comemorar os 200 anos das Linhas de Torres Vedras, organizada pelo grupo intraparlamentar de amizade Reino Unido-Porugal. A acompanhar o Dr. Gama estavam os Presidentes das Comissões Parlamentares dos Negócios Estrangeiros, Ribeiro e Castro (CDS) e da Defesa José Luis Arnaut (PSD), que conheci quando fui chefe de Gabinete do MNE e que encontrei mais tarde em Timor.

A cerimónia foi simples e curta, com uma apresentação das Linhas por um engenheiro militar e alguns apelos para a sua recuperação. Posteriormente houve uma recepção presidida pela Speaker da Câmara dos Lordes numa sala com uma bela vista para o Tamisa.

Como tinha que ir buscar a Margarida à Faculdade, sai mais cedo e fui à procura do bengaleiro onde tinha deixado o casaco e o capacete. Começaram aí os meus trabalhos: o Palácio de Westminster é enorme e labiríntico e os corredores todos iguais. Quando dei por mim, estava completamente perdido. Quem me valeu foi (1) uma Senhora da limpeza, (2) uma Senhora dos serviços da Câmara dos Lordes, (3) um Mordomo (de casaca e condecorações) do Restaurante dos Lordes e (4) um Segurança do Parlamento que, comigo, percorreram os corredores e escadas do Palácio até encontrarmos o bengaleiro certo. Sem estes novos e inestimáveis amigos, ainda agora andaria perdido sem rumo nem futuro.

Quem tem amigos tem tudo!

Sunday 17 January 2010

Óculos escuros durante 48 horas

Depois de semanas de neve, frio e chuva hoje Londres acordou solarenga e com uns maravilhosos 8Cº. E os dias já começarar a crescer: hoje o pôr do sol foi às 4H30 da tarde. Só é pena que na terça-feira recomece a chover.

Mas até lá ando de óculos escuros na rua.

Friday 15 January 2010

Uma caixa de supresas

Estava eu às voltas com a próxima actividade da AICEP em Londres quando entra uma das pessoas que trabalha comigo a carregar uma caixa enorme remetida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Lá dentro cartas, revistas, convites, livros, canetas, bolas de golf e cartões a desejarem-me boas festas na minha qualidade de Subsecretário de Estado Adjunto do MNE, cargo que não exerço desde o verão de 2006.

Dirão os mais caritativos que há muita gente com saudades minhas. Outros poderão dizer que ninguém percebeu que já lá não estou. Seja como for, diverti-me a ver as coisas que mandaram e agradeço retribuindo a todos os votos de boas festas.

Thursday 14 January 2010

O fim do mau tempo?

Amanhã, pela primeira vez em semanas, o Instituto de Meteorologia não emitiu um alerta de mau tempo para a região de Londres e já não há gelo ou neve nos parques da cidade. Estará o mau tempo que começou antes do Natal a chegar ao fim?

Monday 11 January 2010

Grandes vilas e pequena cidade

O Público on-line tem uma nota sobre 4 vilas portuguesas que, cumprindo todos os requisitos, se recusam a serem "promovidas" a cidade: Ponte de Lima - que é a mais antiga vila de Portugal -, Cascais e Sintra - por razões ligadas à sua imagem turistica - e Oeiras - que não vê qualquer vantagem na alteração de estatuto -.

Em oposição, S. Davis no País de Gales - que visitei em 2005 -, tem 1717 habitantes mas foi reconhecida como a mais pequena cidade do Reino pela Rainha Isabel por ter sido sede de Bispado desde o Séc. XII e ser, segundo a lenda, o local onde está enterrado S. Davis, Santo Padroeiro do País de Gales.

Tanto as grandes vilas portuguesas como a pequena cidade do País de Gales merecem uma longa visita.

Sunday 10 January 2010

A modéstia colectiva

Quando se discutia o que enviar a bordo da Voyager como apresentação sobre os Seres Humanos para outras civilizações, alguém propôs que se incluísse um excerto de música de Bach, mas Carl Sagan opôs-se argumentando que seria exibicionismo.

Para que se saiba, a Voyger, que vagueia pelo espaço desde 1977, transporta um disco (e a respectiva agulha) de cobre revestido a ouro, contendo uma apresentação com 115 imagens (onde estão incluídas imagens do Cristo Redentor no Brasil, a Grande Muralha da China, pescadores portugueses, entre outras), 35 sons naturais (vento, pássaros, água, etc.) e saudações em 55 línguas, incluindo Português. Foram também incluídos excertos de música étnica, de obras de Beethoven e Mozart, e "Johnny B. Goode" de Chuck Berry.

Mas, por modéstia colectiva, um eventual ET não ouvirá Bach.

Saturday 9 January 2010

Em Maio a caminho da Normandia

Este Natal ofereci-me uma mota nova em preto com encosto para a Margarida e malas laterais. Infelizmente, por causa da neve, a mota continua no concessionário à espera de melhores dias.

Mas isso não impediu de ter já marcado a nossa primeira viagem: em finais de Maio, aproveitando um dos poucos feriados destas ilhas, vamos visitar as praias do desembarque aliado na Normandia.

Obrigado a todos

Foi um prazer receber tantos telefonemas, mensagens escritas, mensagens de voz e mensagens no facebook de parabéns pelos meus 42 anos. É bom saber que tenho tantos amigos espalhados pelo mundo.

Muito obrigado a todos.

Por perigos e ventos esforçados

Depois de ter passado quase 2 semanas sob chuva em Lisboa, eis-me de volta a Londres onde quase não parou de nevar e onde estão hoje -6Cº. E voltar não foi fácil

Na quinta-feira apresentei-me 3 horas antes do voo no balcão da BA em Lisboa, que estava estranhamente calmo, onde fui informado que o meu voo para Londres tinha sido cancelado por causa do mau tempo. Estranhamente, ao mesmo tempo, os valentes da TAP levantavam voo sem dramas para os seus destinos no Reino Unido.

Tendo comentado com a funcionária portuguesa da BA que estava a mudar o meu voo o facto de o tempo entre Lisboa e Londres à mesma hora ser igual para a TAP ou para a BA, ela respondeu que a TAP não iria aguentar a pressão, com um ar petulante de quem não tinha percebido que a BA é que tinha falhado, coisa que tive o gosto de lhe fazer notar.

Olhando para mim com mal disfarçado desagrado, entregou-me o novo bilhete para o dia seguinte de manhã... na TAP.