Uma das coisas mais interessantes que tenho tido o prazer de verificar desde que assumi as funções de Director do Centro de Negócios de Londres da AICEP é o conjunto significativo de boas empresas e bons empresários que Portugal tem, sem prejuízo para o outro conjunto - talvez mais numeroso mas em vias de extinção - de más empresas e maus empresários.
Empresas, muitas delas de dimensão reduzida, com soluções novas e diferentes em sectores tecnológicamente avançadíssimos que, sem alarido ou confusão, vão ganhando novos clientes em mercados altamente competitivos e exigentes. Ou empresas que se destacam pela qualidade, o design e a inovação em sectores tradicionais.
Vem isto a propósito da visita que hoje fiz à Feira dos Interiores de Birmingham, onde fui falar para uma plateia pequena mas simpática e atenta, das virtudes dos sectores da iluminação e dos móveis portugueses. Entre os expositores, num pavilhão de boas dimensões e bom gosto, estava a Associative Design, que resulta da conjugação de esforços da Associação das Indústrias de Madeira e do Mobiliário de Portugal e da Portugal Brands, organização que reúne um conjunto importante de jovens designers portugueses do sector dos móveis que, trabalhando juntos para o proveito comum, têm conseguido fazer bons negócios nos mercados mais difícies e, por isso, mais recompensadores.
Se fosse apenas isso, e já muito haveria para contar. Mas o que faz desta colaboração um caso ainda mais interessante é que nasceu, cresceu e afirmou-se na sociedade civil, pela vontade e pelo trabalho dos seus promotores, recorrendo aos apoios públicos apenas como complemento e não como principal fonte de financiamento ou de inspiração.
Um bom dia para falar das empresas portuguesas.
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