Friday, 11 March 2011
Sob o signo do Amazonas
O Rio Amazonas, o maior rio do Mundo (tendo "crescido" 500km numa nova medição feita apartir de satélites e, portanto, ultrapassado o Nilo), marca e impõe-se às pessoas que vivem na sua orla de forma total.
Para além de garantir a subsistência das populações ribeirinhas, o rio é a única forma de comunicação entre as várias comunidades a ponto de os serviços públicos terem que se adaptar ao Amazonas. Vemos, assim, barcos-hospital, barcos-tribunal ou barcos-banco que andam pelo rio a servirem as pessoas. Aliás, só há duas formas de se chegar a Manaus, capital do Estado: ou de avião ou pelo rio.
De tal forma o rio é importante que há comunidades inteiras que vivem em cidades flutuantes, onde as casas são construídas sobre troncos de assacu (uma madeira grande, resistente à água e flutuante) e que estão atracadas à costa e umas às outras. Como as casas são flutuantes, há espaço para algumas bizarrias como a comunidade que vistámos que teve a respectiva igreja roubada. Não roubaram a caixa das esmolas ou os paramentos mas o próprio edifício da igreja: alguém cortou os cabos de amarração e rebocou-a.
Se o Rio Amazonas se limitasse a ser o maior rio do mundo, cortando a maior floresta equatorial do planeta já seria impressionante. Mas o Rio Amazonas é também a força dominante na vida das pessoas que vivem nas suas margens, sem o qual estariam ainda mais isoladas do que já estão.
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