Monday 2 March 2009

A propósito da morte de Nino Vieira

No ano em que trabalhei no Ministério dos Negócios Estrangeiros, conheci 3 Chefes de Estado lusófonos: o Presidente José Eduardo dos Santos, que conheci em Luanda na visita oficial do Ministro Freitas do Amaral a Angola; o então Presidente Xanana Gusmão que conheci muito superficialmente na tomada de posse do Presidente Cavaco Silva e, depois, melhor, quando vivi em Timor entre 2006 e 2007; e o Presidente Nino Vieira, que conheci igualmente por ocasião da tomada de posse do Prof. Cavaco.

Cada um causou-me uma impressão distinta. Do Presidente J. Eduardo dos Santos lembro-me principalmente do tom de voz baixo e calmo com que dominava a sala; no Presidente Xanana marcou-me a óbvia e enorme preocupação com o bem-estar dos Timorenses misturada com alguma ingenuidade impulsiva. O Presidente Nino Vieira deixou-me a imprensão de ser capaz de enorme violência.

Não sei se essa impressão seria justa, mas a morte de Nino Vieira, "varrido pelos tiros dos soldados", segundo o porta-voz do exército Guineense, parece confirmá-la.

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