Wednesday 24 February 2010

As línguas das ciências


Há uns anos em Bristol, explicou-me o Matt - que tinha acabado o seu doutoramento em matemática - que existem vários infinitos, uns mais infinitos que os outros. Aos meus ouvidos de humanidades, aquilo não fez sentido nenhum: se é infinito, ou seja, se não tem fim, como é possível haver uns infinitos dentro de outros infinitos?

Anos mais tarde o Nuno Crato, um dos nossos melhores divulgadores da ciência, explicou-me num almoço em Oxford o que o Matt queria dizer: se considerarmos só os números postivos (de 1 a infinito) esse conjunto não tem fim mas é metade do conjunto dos números positivos e dos numeros negativos (que vai de menos infinito até mais infinito).

Tão importante quanto investigar ciência é saber explicá-la.

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