Friday 24 December 2010

A viagem dos malditos - parte II


Ultrapassadas as atribulações da minha chegada a Londres - que poderiam ter sido ainda mais desafiantes do que foram (ver o post anterior) já que apanhei o último comboio de Paris para Londres - passei 3 óptimos dias a re-visitar amigos e lugares do meu cotidiano britânico.

Ao mesmo tempo, fui acompanhando as notícias sobre o encerramento dos aeroportos e dos pobre passageiros que esperavam dias e dias nas salas de embarque de Heathrow, sem saber se haveria voo de Londres para Lisboa a tempo de vir passar o Natal a casa.

Mas, continuando na senda de sorte que me acompanhou desde que saí de São Paulo, o meu voo foi a única ligação da TAP a partir de Londres para Lisboa no dia 21 de Dezembro. E, assim, lá me apresentei, com tempo e paciência, na zona de embarque do Grupo Star Alliance (de que a TAP faz parte), já com o check-in feito. Para além do meu voo, àquela hora e da mesma zona de check-in, só partiu um voo para Frankfurt.

Temendo uma medonha confusão, apresentei-me no aeroporto horas antes do embarque para me deparar com duas operações distintas, ambas geridas (ou quase) pelo pessoal de terra da companhia aérea alemã, responsável pelos procedimentos de embarque de todas as companhias membros da Star Allianca: de um lado, o voo para Frankfurt, com uma única fila ordeira e auto-organizada; do outro, o voo para Lisboa, onde 4 ou 5 filas concorrentes disputavam o único acesso à zona dos check-in.

O voo em sí correu sem história, com alguns passageiros que esperavam (e deseperavam) há 4 dias no aeroporto a dormirem o sono dos justos a viagem toda.

Das lições que aprendi na vinda do Brasil para a Europa - ver em baixo -, a sorte é a mais importante, e é também a única que não depende de nós.

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