O segundo dia da nossa viagem normanda (ver o 1º dia no post infra) começou com uma busca quase desesperada por uma pastelaria em Bayeux onde pudessemos tomar o pequeno almoço. Se já tinhamos estranhado a falta de restaurantes e pastelarias nas vilas francesas por onde haviamos passado na véspera, não encontrar um lugar para tomar o pequneo almoço numa cidade do tamanho de Bayeux vacilava entre o ridículo e o circense. Depois de muito procurar, lá encontrámos um café que, não sendo nem bom nem mau, ao menos servia pequenos almoços.
De barriga cheia, dedicámos 1 hora a outra invasão: a invasão normanda da Inglaterra no Séc. XII retratada na "Tapeçaria de Bayeux" que é uma banda desenhada e que conta a morte do Rei inglês Eduardo o Confessor, o convite ao duque normando Guilherme para se tornar Rei da Inglaterra, a traição de Haroldo e a invasão que se seguiu. A tapeçaria é uma obra de arte e uma cronologia histórica e merece bem uma visita.
Depois de visitar a Catedral, que sendo bonita não se distingue de outras que tenho visto,
voltámos a Omaha para visitar o Cemitério Americano em Colleville-sur-Mer.
Para além de termos encontrado o Attorney-General dos Estados Unidos (e uma montanha de guarda-costas que o acompanham) a visita é muito impressionante pois o Cemitério está impecavelmente tratado e as 9 mil campas limpas e alinhadas sobre a praia onde muitos dos que ali estão morreram.
E, no entanto, há uma falta de personalização das campas, todas iguais e sem nos dar qualquer pista sobre que foi a pessoa ali enterrada. É um cemitério militar, onde os mortos são, antes de mais, soldados. A única excepção que vi foi a campa na fotografia em baixo, onde alguém conseguiu tornar o soldado numa pessoa com história e família.
Depois de termos almoçado a omelete mais cara de que me lembro no único restaurante aberto às 3 e tal da tarde, fomos por uma estrada sempre à beira mar para a próxima praia do desembarque: Gold, onde os ingleses contruiram um dos dois portos artificiais utilizados na invasão, cujos restos ainda são visíveis em terra e no mar e que tem um museu muito interessante com maquetes sobre a construção e utilização dos ditos.
Por esta altura estava a tornar-se claro que há um espírito de camaradagem entre os motards que não existe de todo entre os motoristas. Sempre que nos cruzavamos com outras das muitas motas que estavam a fazer os mesmos caminhos, eramos cumprimentados com um aceno de mão ou de cabeça e tenho a certeza que se tivessemos tido qualquer problema haveria quem parasse para nos ajudar.
A última praia do dia foi Juno, que foi invadida pelas forças canadianas. Embora haja um museu, já não chegámos a horas para o visitar, pelo que limitámo-nos a passear pela praia e a olhar para aquela imensa areia sem pessoas nem barulho
e o monumento aos soldados que ali lutaram e morreram
O segundo dia acabou em Luc-Sur-Mer, onde ficámos num hotel algo decadente
mas com uma vista linda sobre o mar
Amanhã, o terceiro e último dia da nossa invasão.
Thursday, 3 June 2010
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
Não pareces estar particularmente bem impressionado com a qualidade das indústrias da hotelaria e da restauração normandas. Já para não falar no rombo que seria no orçamento levar a Tanta a passear por essas bandas, dado o custo exorbitante das omeletes ...
ReplyDeleteMas a tapeçaria, que conheço, é giríssima, um magnífico antepassado da BD "franco-belga". E o cemitério americano, por impessoal que seja, é muito bonito e comovente.
Abraços e Bjs aos dois,
Pim
Principalmente o preço das omeletes... :)
ReplyDeleteBIC