A exposição começa com a viagem do Beagle, mostrando o que Darwin viu nos 5 anos que deu a volta ao mundo e vai até à publicação da "Origem das Espécies", explicando no que consiste a "Teoria da Evolução" e o debate que (ainda hoje) provoca mais do que acaloradas discussões. Aliás a exposição critica o "Design Inteligente" por não ser científico e cita o Papa João Paulo II que disse que a Teoria da Evolução "é mais do que uma hipótese" e fez uma vigorosa defesa do Método Científico.
Um aspecto que aparece na exposição (embora muito ao de leve), é o papel do acaso (ou do destino). Darwin tinha 22 anos quando partiu no Beagle, tendo sido escolhido porque não havia mais ninguém que pudesse fazer aquela viagem. E por pouco que não ficou em terra, já que o seu Pai não lhe deu autorização para embarcar pois queria que Darwin fosse Pastor da Igreja de Inglaterra. Só a influência do Tio de Darwin o fez mudar de opinião. Imagino que se não tivesse sido Darwin, outros teriam chegado às mesmas conclusões (havia outros estudos que apontavam na mesma direcção), mas o que é certo é que não foram outros que explicaram como é que a vida na Terra evolui.
Mas, acima de tudo, a exposição vai-nos apresentando, com base no diário da viagem, nos cadernos de notas e nas cartas que Darwin escreveu, a evolução das perguntas e das respostas que levaram a novas perguntas e a novas respostas e assim por diante até mudar o Mundo.
Sai-se do Museu maravilhado pela excelência do Método Científico, esmagado pelo brilhantismo de Darwin e a matutar na pergunta que a Exposição nos coloca: Se chegassemos a uma resposta que contraria tudo o que a Sociedade acredita, o que fariamos?
Fariamos de conta que nada de novo se passava
ReplyDeletecereja
ps -o titulo é fantastico