Friday, 27 January 2012
O Mal
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Coisas que acho importantes
Wednesday, 25 January 2012
Tuesday, 24 January 2012
Monday, 23 January 2012
Animais nosso amigos
A fotografia da anaconda a tomar banho foi tirada no Pantanal do Mato Grosso, no Brasil por um mergulhador americano que se especializou em fotografia subaquatica de animais considerados perigosos.
Friday, 20 January 2012
Democracia Europeia
Nos meios políticos e académicos europeus nunca houve dúvidas sobre a capacidade da União Europeia em promover transformações nos sistemas políticos e económicos dos países que pretendem aderir à União, já que sem essas mudanças não é possível entrar. Alias a metáfora do clube é repetidamente usada: se queres entrar para o clube, tens que aceitar as regras. E basta ver o que se passou na Europa de Leste nos últimos 15 anos para termos a confirmação dessa capacidade.
No entanto, houve sempre muitas dúvidas se a União teria capacidade para influenciar o sistema político e económico dos Estados que já são membros. Não havendo prémio no fim do caminho, como é que a União seria capaz de forçar um Estado a respeitar os princípios democráticos?
O primeiro passo foi criar a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia que lista os princípios e valores que um Estado membro da União Europeia deverá respeitar. Mas a Carta nunca conseguiu impor-se, logo à nascença porque nunca teve a força jurídica que permitiria desempenhar esse papel. Depois introduziu-se nos Tratados uma obrigação democrática, mas de formulação tão vaga e aplicação tão complexa que nunca foi usada.
Ontem as coisas mudaram de forma fundamental: perante a mera ameaça do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia que os termos da nova constituição hungara violavam os princípios sobre os quais a União se funda, o Governo Hungaro anunciou que irá proceder a alterações à lei por forma a esta ficar conforme ao modelo de democracia que as duas instituições consideram necessário para se ser membro do Clube.
Aparentemente, a União Europeia espera dos seus membros o que impõe aos que lhe batem à porta. A coerência fica-lhe bem.
No entanto, houve sempre muitas dúvidas se a União teria capacidade para influenciar o sistema político e económico dos Estados que já são membros. Não havendo prémio no fim do caminho, como é que a União seria capaz de forçar um Estado a respeitar os princípios democráticos?
O primeiro passo foi criar a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia que lista os princípios e valores que um Estado membro da União Europeia deverá respeitar. Mas a Carta nunca conseguiu impor-se, logo à nascença porque nunca teve a força jurídica que permitiria desempenhar esse papel. Depois introduziu-se nos Tratados uma obrigação democrática, mas de formulação tão vaga e aplicação tão complexa que nunca foi usada.
Ontem as coisas mudaram de forma fundamental: perante a mera ameaça do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia que os termos da nova constituição hungara violavam os princípios sobre os quais a União se funda, o Governo Hungaro anunciou que irá proceder a alterações à lei por forma a esta ficar conforme ao modelo de democracia que as duas instituições consideram necessário para se ser membro do Clube.
Aparentemente, a União Europeia espera dos seus membros o que impõe aos que lhe batem à porta. A coerência fica-lhe bem.
On a tout vu
Em preparação para o Forum Mundial de Davos, os mais altos dirigentes do FMI (Christine Lagarde), do Banco Mundial (Robert Zoellick), da OMC (Pascal Lamy), do Fundo de Estabilização Financeira (Mark Carney), da Organização Mundial de Saúde (Margaret Chan), da OCDE (Angel Gurría), do Banco Africano para o Desenvolvimento (Donald Kaberuka), do Banco Asiático para o Desenvolvimento (Harahiko Kuroda), do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (Luis Alberto Moreno), do FAO (Josette Sheeran) e da OIT (Juan Somavia) assinaram uma declaração conjunta onde alertam para as consequencias políticas, económicas e sociais do desemprego e da recessão.
Os signatários afirmam-se preocupados com a forma demasiado agressiva com que a consolidação fiscal e orçamental está a ser conseguida e pedem aos Governos para o fazer de "forma que fomente e não reduza as perspectivas de crescimento e emprego".
Na história de Davos, esta é a primeira vez que as mais importantes organizações mundiais económicas e financeiras tomam uma posição conjunta sobre qualquer tema, o que demonstra bem o grau de preocupação dos seus dirigentes.
Não sendo economista, parece-me óbvio que a destruição de empregos e de crescimento não ajuda ninguém - nem pessoas, nem empresas, nem o Estado - a ultrapassar a crise finaceira e economica que a Europa e os Estados Unidos atravessam. Aparentemente, estou em muitíssimo boa companhia.
Os signatários afirmam-se preocupados com a forma demasiado agressiva com que a consolidação fiscal e orçamental está a ser conseguida e pedem aos Governos para o fazer de "forma que fomente e não reduza as perspectivas de crescimento e emprego".
Na história de Davos, esta é a primeira vez que as mais importantes organizações mundiais económicas e financeiras tomam uma posição conjunta sobre qualquer tema, o que demonstra bem o grau de preocupação dos seus dirigentes.
Não sendo economista, parece-me óbvio que a destruição de empregos e de crescimento não ajuda ninguém - nem pessoas, nem empresas, nem o Estado - a ultrapassar a crise finaceira e economica que a Europa e os Estados Unidos atravessam. Aparentemente, estou em muitíssimo boa companhia.
Thursday, 19 January 2012
Tuesday, 17 January 2012
Trabalho de equipe
Quem ouve uma sinfonia ou outra obra musical mais complexa e não tiver ouvido e treino, dificilmente perceberá a forma como os diversos isntrumentos colaboram para que a música que ouvimos não seja uma cacafonia insuportável.
No link podemos ouvir o 2º Andamento da 7ª Sinfonia de Beethoven (o que, por si só, justifica faze-lo) ao mesmo tempo que podemos ver o papel que cada naipe (ou conjunto) de instrumentos desempenha para o resultado final.
Monday, 16 January 2012
O que falta aqui, sobra por lá
Se em Portugal quase não tem chovido neste inverno (ver dois posts abaixo), o panorama no verão brasileiro é exatamente o oposto: chuvas torrenciais que levam tudo à frente, como se vê na fotografia tirada esta semana na cidade de São Paulo.
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O Nosso Portugalinho,
Vereda tropical
Sunday, 15 January 2012
Mais uma primavera?
Discretamente e sem chamar muita atenção, algo de estraordinário parece estar a acontecer na Birmânia. Não só a líder do Movimento Pró-Democracia foi libertada e irá concorrer às próximas eleições, como a Junta Militar cedeu poder ao Governo de base civil, foram libertados a quase totalidade dos presos políticos e re-estabelecidas relações diplomáticas com os Estados Unidos.
Ainda é cedo para comemorar, mas os sinais são muito bons.
Passo a passo, com violência como na Líbia ou com base em negociações como na Indonésia, as ideias de liberdade e de democracia vão acentando ancoras no Mundo. E se nem sempre o que se segue é o que gostariamos, têm sido passos na direcção certa que tendem a criar uma situação melhor do que a que estava.
Afinal, "Roma e Pavia não se fizeram num dia".
Friday, 13 January 2012
Ops...
O fotógrafo brasileiro Wilton Junior venceu o Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha com uma imagem da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, enquanto presidia à cerimónia de entrega de espadas a 441 cadetes da Academia Militar de Agulhas Negras, no Rio de Janeiro.
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Historias do Mundo,
Vereda tropical
E no verão?
Como toda a gente - ou até mais que muitos, já que praticamente só ando de mota - tenho aproveitado este inverno solarengo e relativamente quente de Lisboa. Claro está que, como não há almoços gratis, vamos passar o verão a tomar banho em água mineral engarrafada...
Thursday, 12 January 2012
O movimento pendular da História
Na últimas eleições para o Parlamento de Edimburgo (Capital da Escócia), o SNP - Partido Nacionalista da Escócia obteve uma maioria absoluta, o que é particularmente difícil dado o sistema eleitoral utilizado. E o grande tema da campanha foi a promessa de um referendo sobre a Independência escocesa do Reino Unido em 2014, data dos 700 anos da Batalha de Bannockburn em que os escoceses comandados por Robert the Bruce derrotaram os ingleses comandados pelo Rei Eduardo II.
Para além das questões institucionais, políticas, económicas e culturais que o referendo trará, há uma questão de determinismo histórico que me interessa: haverá um movimento pendular de expansão e retracção do poder político?
No caso do Reino Unido, temos historicamente um movimento de expansão (militar ou negociada) que se iniciou com a união entre a Inglaterra e a Cornualha, seguindo-se as uniões com o País de Gales, a Escócia, a Irlanda e o Império. E um movimento de retracção que seguiu o percurso inverso: do Império para as Ilhas Britânicas (Grã-Bretanha e Irlanda); das Ilhas Britânicas para a a Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e agora, eventualmente, da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte para a Inglaterra, Irlanda do Norte, País de Gales e Cornualha.
O tempo dirá, mas se olharmos para outros impérios históricos, o movimento pendular parece confirmar-se, o que teria nfluência não só no Reino Unido mas igualmente na Espanha, para citar apenas dois países que nos estão próximos.
Para além das questões institucionais, políticas, económicas e culturais que o referendo trará, há uma questão de determinismo histórico que me interessa: haverá um movimento pendular de expansão e retracção do poder político?
No caso do Reino Unido, temos historicamente um movimento de expansão (militar ou negociada) que se iniciou com a união entre a Inglaterra e a Cornualha, seguindo-se as uniões com o País de Gales, a Escócia, a Irlanda e o Império. E um movimento de retracção que seguiu o percurso inverso: do Império para as Ilhas Britânicas (Grã-Bretanha e Irlanda); das Ilhas Britânicas para a a Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e agora, eventualmente, da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte para a Inglaterra, Irlanda do Norte, País de Gales e Cornualha.
O tempo dirá, mas se olharmos para outros impérios históricos, o movimento pendular parece confirmar-se, o que teria nfluência não só no Reino Unido mas igualmente na Espanha, para citar apenas dois países que nos estão próximos.
Tuesday, 10 January 2012
Mergulho em Timor Leste
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Coisas minhas,
Coisas que gosto,
Na ilha do Corodilo
Monday, 9 January 2012
Obrigado
Algo atrasado, agradeço a todos quantos me mandaram mensagens e SMS´s, que me telefonaram ou que de outra forma qualquer se lembraram de mim no dia dos meus anos. Muito obrigado a todos. É sempre muito agradável saber que tenho tantos e tão bons amigos.
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Coisas que gosto
Thursday, 5 January 2012
A loteria do atendimento
Que tenha que lidar com pessoas que nos atendem - ou seja, toda a gente - sabe do que falo: se tivermos a sorte de encontrar uma pessoa simpática, com vontade de ajudar e sabedora do seu ofício, tudo se resolve sem dramas nem dificuldades. Se, por outro lado, tivermos que tratar com alguém mal-disposto, ignorante e arrogante batemos contra uma muralha quase impossível de mover, nada se consegue fazer e tudo se atrapalha.
Sendo verdade para todo e qualquer serviço que utilizemos, mais verdade é para os serviços públicos que detêm um poder administrativo monopolista que nos aprisiona e para o qual não há outro ao lado que possamos recorrer quando o primeiro falha ou não nos satisfaz.
Vem esta conversa a propósito das experiências contraditórias que tenho vivido desde que voltei do Brasil. Nas mãos de uma pessoa, nada há a fazer e tudo está perdido; nas mãos de outra pessoa, o mesmo assunto é fácil e eficazmente resolvido.
Que nos valha a Santa se nos calha alguém simpático e eficaz e que nos valha a Santa (paciência) quando apanhamos alguém que nada mais quer que nos fazer sofrer.
Sendo verdade para todo e qualquer serviço que utilizemos, mais verdade é para os serviços públicos que detêm um poder administrativo monopolista que nos aprisiona e para o qual não há outro ao lado que possamos recorrer quando o primeiro falha ou não nos satisfaz.
Vem esta conversa a propósito das experiências contraditórias que tenho vivido desde que voltei do Brasil. Nas mãos de uma pessoa, nada há a fazer e tudo está perdido; nas mãos de outra pessoa, o mesmo assunto é fácil e eficazmente resolvido.
Que nos valha a Santa se nos calha alguém simpático e eficaz e que nos valha a Santa (paciência) quando apanhamos alguém que nada mais quer que nos fazer sofrer.
Monday, 2 January 2012
Contra ventos e marés
No Trafalga Studio está uma peça de teatro que acompanha os 3 dias de Maio de 1940, imediatamente antes da rendição da França, em que parte do Governo Britânico - face à perspectiva de continuar a guerra sem qualquer aliado - discutiu a possivel troca de Gilbralta, Malta e do Suez pelo apoio da Itália a uma solução negociada para o fim da guerra na Europa.
A peça, bem representada e melhor encenada, mostra-nos o desepero de Churchill face ao descalabro da França e a resolução em continuar sozinho, a pressão do então Ministro dos Negócios Estrangeiros em encontrar uma solução negociada, a rejeição absoluta dos Trabalhistas em aceitar conversar com Hitler e as dúvidas e hesitações de Chamberlain. O climax dos 3 dias de Maio dá-se quando Chruchill, que era Primeiro Ministro mas não era lider dos Conservadores, ameaça demitir-se se Chamberlain e o Partido não o apoiassem contra a opinião do MNE, o que veio a acontecer.
Ao sair do teatro, fiquei a matutar no que faria em circunstâncias semelhantes e feliz por não ter que descobrir.
A peça, bem representada e melhor encenada, mostra-nos o desepero de Churchill face ao descalabro da França e a resolução em continuar sozinho, a pressão do então Ministro dos Negócios Estrangeiros em encontrar uma solução negociada, a rejeição absoluta dos Trabalhistas em aceitar conversar com Hitler e as dúvidas e hesitações de Chamberlain. O climax dos 3 dias de Maio dá-se quando Chruchill, que era Primeiro Ministro mas não era lider dos Conservadores, ameaça demitir-se se Chamberlain e o Partido não o apoiassem contra a opinião do MNE, o que veio a acontecer.
Ao sair do teatro, fiquei a matutar no que faria em circunstâncias semelhantes e feliz por não ter que descobrir.
Leonardo a quanto obrigas
Na National Gallery em Londres está uma das melhores exposições que eu já vi: praticamente todos os quadros e dezenas de estudos produzidos por Leonardo da Vinci durante os anos que viveu em Milão. De facto, a única excepção é a "Última Ceia" que sendo um mural na parede dificultaria a viagem até Londres e mesmo assim, há uma sala inteira dedicada aos estudos preparatórios e ao estudo do mural.
Como é óbvio, a procura por bilhetes é feroz e os bilhetes que podem ser comprados com antecedência estão esgostados há meses. A Margarida e eu - nabos - sabendo há imenso tempo que estariámos em Londres na semana entre o Natal e o Ano Novo, deixámos passar o tempo e quando tentámos comprar bilhetes, já não fomos a tempo. Assim, a única hipótese era comprar dois dos 500 bilhetes que a National Gallery vende todos os dias.
Depois de uma primeira tentativa frustrada, levantei-me às 6H00 da manhã e às 6H45 estava no meu lugar na fila que aguaradava a abertura das bilheteiras às 10h00. Por volta das 9H00 uma senhora da National Gallery contou 500 bilhetes e mandou os restantes embora. Graças à madrugada festiva, estavamos entre os contemplados do dias, tendo comprado bilhetes para as 15H30.
A exposição, como disse, vale bem o esforço, mas a resistência já não é o que era e por volta das 16H30 da tarde, sentei-me no escuro confortável do cinema da National Gallery e adormeci satisfeito durante um filme sobre a vida de Leonardo para acordar com o barulho do meu próprio ressonar e ver umas dezenas de pessoas a olharem para mim e a rirem, entre as quais a Margarida...
Como é óbvio, a procura por bilhetes é feroz e os bilhetes que podem ser comprados com antecedência estão esgostados há meses. A Margarida e eu - nabos - sabendo há imenso tempo que estariámos em Londres na semana entre o Natal e o Ano Novo, deixámos passar o tempo e quando tentámos comprar bilhetes, já não fomos a tempo. Assim, a única hipótese era comprar dois dos 500 bilhetes que a National Gallery vende todos os dias.
Depois de uma primeira tentativa frustrada, levantei-me às 6H00 da manhã e às 6H45 estava no meu lugar na fila que aguaradava a abertura das bilheteiras às 10h00. Por volta das 9H00 uma senhora da National Gallery contou 500 bilhetes e mandou os restantes embora. Graças à madrugada festiva, estavamos entre os contemplados do dias, tendo comprado bilhetes para as 15H30.
A exposição, como disse, vale bem o esforço, mas a resistência já não é o que era e por volta das 16H30 da tarde, sentei-me no escuro confortável do cinema da National Gallery e adormeci satisfeito durante um filme sobre a vida de Leonardo para acordar com o barulho do meu próprio ressonar e ver umas dezenas de pessoas a olharem para mim e a rirem, entre as quais a Margarida...
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