Ontem fui à Royal Academy of Arts ver a exposição sobre Van Gogh. Semelhante a uma que havia visto em NY, mas muito maior, a exposição junta as cartas que Vincente escreveu sobre os quadros que estava a pinta a vários amigos, em particular ao seu irmão Theo, com os respectivos quadros, o que dá uma visão das razões, técnicas e dificuldades de cada um dos quadros.
Embora a multidão fosse quase tão compacta como andar de metro em hora de ponta, pude ver alguns dos mais importantes quadros de Van Gogh, em particular os auto-retratos, a cadeira amarela e várias naturezas mortas.
Duas particularidades interessantes: Van Gogh começou por pintar a preto-e-branco e cinzento e só mais tarde se dedicou à cor, com os resultados que se conhecem e a Royal Academy pintou as paredes de cada uma das salas com a cor predominante nos quadros em exposição, o que produz uma agradável sensação de continuidade.
Para além do prazer estético, esta exposição e a procura que tem tido, com filas de mais de duas horas de espera para se entrar (que não tive que suportar pois a Margarida é "Friend of the Royal Academy") mostra, uma vez mais, a importancia económica das chamadas indústrias da cultura.
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