Entre os variadíssimos estilos literários disponíveis, as auto-biografias, memórias e diários são os meus preferidos, seguido de perto pelas biografias escritas por terceiros, o que se torna óbvio para quem se der ao trabalho de olhar para as estantes lá de casa.
Tendo lido largas dezenas, se não poucas centenas de livros biográficos, nunca tinha tido a experiência de ler um livro de memórias de alguém faz parte da minha família (pouco) alargada. Estou a tê-la agora que estou a ler as "páginas amarelas" do meu Tio Mário (Quartin Graça), casado com uma irmã da minha mãe e um dos mais antigos amigos do meu pai.
Para além da graça de ter acompanhado (ou ter ouvido na primeira pessoa) algumas das muitas historias que estou a ler, há ainda a virtude de o Tio Mário ter tido uma vida variada e divertida, ter conhecido e convivido com algumas das mais importantes referências culturais portuguesas, brasileiras e espanholas e - o que não é menos importante - escrever muito bem.
Ler umas memórias que fazem parte das minhas memórias é um dois-em-um que torna a experiência muito mais divertida e interessante.
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