Um efeito interessante da passagem da oposição para o poder é a institucionalização do discurso e das atitudes de quem prometia revoluções quando não tinha poder para o fazer e tem que enfrentar a realidade quando toma posse. A última vítima é William Hague, Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico que, quando enquanto líder da oposição foi um dos mais vocais opositores da União Europeia e, agora no poder, recusou o pedido da ala mais à direita dos Conservadores que propôs a realização de um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União.
O efeito da passagem da oposição para a posição nos manifestos eleitorais e nas propostas mais radicais não é nova e está bem estudada mas ver Hague a defender a opção Europeia ultrapassa as expectativas dos mais entusiastas defensores do impacto do exercício do poder na moderação política, dos poucos mas resistentes europeistas britânicos e ultrapassa igualmente os desejos dos eurocépticos britânicos.
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