Entre as muitas coisas que nos fazem falta colectivamente, conta-se a vontade e oportunidade de participarmos no debate público e na condução da coisa pública. Por isso, tenho toda a simpatia para movimentos pacíficos da sociedade civil, sejam a chamada "geração à rasca" ou agora "os indignados". Acresce que não falta matéria para alimentar um contributo sério e consequente dos movimentos da sociedade civil.
Igualmente interessante para a participação da sociedade civil é constatar que estes movimentos surgem com a força das convicções e desaparecem com a velocidade do acomodamento sem deixar grandes contributos para o debate futuro. Quais foram as propostas da "geração à rasca"? O que é feito deles? O que se passará com "os indignados"?
Sendo certo que as propostas utópicas recorrentes nestas manifestações - como acabar com os bancos ou outras patetices - são giras para o telejornal mas contribuem pouco ou nada para melhorar a qualidade de vida das pessoas, não deixo de achar interessante a frequência com que ultimamente temos abandonado o nosso conforto individual para mostrar interesse no nosso futuro colectivo.
Será a crise o embrião de uma sociedade civil mais activa e vibrante? Não nos faria mal se assim fosse.
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