![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAtiomog_yuHa3UBe-DCGs-RdbhI1WU8thi_Wd14rOs03_E8cta3bUgchy6uranBEAofAZ3RNuE18q8DIT_QSIj-IvehgkE112-kjEh23NcIoW-u4NUmwb80QAg46zVNGBVYiZJ1J04P8E/s320/300x300.jpg)
O jornal Público de hoje apresenta uma matéria sobre os novos pobres, pessoas que tinham uma vida estruturada mas que, por causa do desemprego, perderam os rendimentos e ficaram com as dívidas. Não se trata de pessoas que se individaram para além da sua capacidade económica, antes de pessoas que fizeram as suas contas e que, em circunstâncias normais, eram parte da classe média. Mas as circunstâncias não são normais e, de repente, famílias inteiras vêm-se sem dinheiro para comer.
As boas notícias sobre a melhoria relativa de Portugal no Índice de Desenvolvimento Humano (ver dois posts abaixo) não dão alegria nenhuma a quem não sabe como se irá alimentar hoje.
Um dia um teórico da dívida, tentava convencer-me que dever era um investimento e dava como exemplo a mercearia da rua e o talho. Aos quais devia, qualquer coisa como 500 euros, no conjunto. Como mantinha estas dívidas, os credores, na expectativa de receberem o pagamento, lá o forneciam com o melhor. Não havia fruta com bicho, carne dura, arroz com pedras que o afectasse.
ReplyDeleteMas este também era o mesmo que quando alguma notícia surgia sobre pessoa, que no desempenho de cargos públicos se tinha aproveitado para beneficiar pessoalmente, dizia: "(...)-fez ele bem, se fosse eu fazia o mesmo!"
Concluindo, os portugueses precisam de se reeinventar, sob uma base sólida de princípios e valores. Partindo para uma cultura cívica de exigência e participação activa. Os partidos não são mais que o espelho da sociedade onde se inserem.